Dez crianças feridas durante o ataque na Tasso da Silveira permanecem internadas em seis hospitais. Três estão em estado grave. Na tarde de ontem, Renata Lima Rocha, de 13, recebeu alta do Hospital Albert Schweitzer. Ela foi atingida por um tiro que entrou pelas costas e saiu pela barriga, sem atingir órgãos.
Ao deixar o hospital, Renata encontrou o homem que a socorreu, quando deixava a escola ensanguentada. Ela agradeceu e brincou com o rapaz. 'Eu te devo uma.' O pai da menina, Milton Oliveira Rocha, muito emocionado, desabafou: 'Não aguentaria perder um filho de maneira tão violenta'.
Entre as crianças que estão em estado grave está Luan Vitor, de 13 anos. Ele foi baleado no olho direito e está em coma induzido, no Hospital Adão Nunes. No mesmo hospital está Taiane Tavares, também de 13. Ela foi atingida por três tiros no abdome e na coluna e corre o risco de ficar paraplégica. A menina, que praticava atletismo, respira com ajuda de aparelhos e segue 'com acompanhamento rigoroso'.
A outra criança em estado grave foi identificada pelas iniciais - como é norma na Secretaria de Estado de Saúde. O menino E. C. A. A., de 14 anos, foi baleado no abdome e na mão. Ele permanece sedado no Schweitzer e respirando com auxílio de aparelhos.
Gêmeas. A menina Brenda Rocha Tavares, de 13 anos, internada no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, soube ontem pela madrinha que a irmã gêmea morreu no massacre. Brenda e Bianca estudavam na mesma sala. Brenda, baleada nas mãos, insistia em saber da irmã. Ela foi operada e passa bem.
Permanece internado J.O.S, de 14 anos, que sofreu lesão vascular grave no ombro direito. Foi operado, está lúcido, orientado e passa bem. C. M. V. S., de 13 anos, teve fratura de antebraço e está estável; D. D. V., de 12 anos, baleado no abdome, está no CTI pediátrico e sem previsão de alta. Y. B. O. P. N., de 13 anos, baleado no braço, passa bem; L. G. C., de 13 anos, baleado na perna e no braço, passa bem; A. M. F. S., de 14 anos, foi baleado na cabeça, na mão e na clavícula - foi operado e passa bem.
Erro. A Secretaria de Saúde corrigiu ontem a informação sobre o sexo dos feridos. São oito meninos e duas meninas. Na véspera, havia sido divulgado o contrário.
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